O primeiro núcleo estudantil do distrito de Itaquaquecetuba (mais tarde Grupo Escolar Benedito Vieira da Mota) surge para alfabetizar os jovens de famílias de baixa renda, uma vez que, nesta época só havia escolas em São Paulo e em outros distritos Mogienses, necessitando de condições financeiras estáveis para utilizar o meio de transporte até essas escolas.
Para compreender o que levou a criação deste núcleo, voltarei agora à década de 20 utilizando fontes orais, bibliográficas e, a partir daí, realizarei um resgate histórico da instituição que se tornou responsável pela formação intelectual no município.
Desde a década 20, o distrito de Itaquaquecetuba vinha passando por um processo de crescimento populacional modificando sua urbanização principalmente após 1925 com a instalação da ferrovia. O lugarejo considerado pacato começa a se misturar neste processo de modernização se tornando ponto de parada para os imigrantes que acompanhavam a construção da estrada de ferro que agora ligava este distrito a São Paulo.
Vários vilarejos se formaram nas áreas rurais e nas proximidades do centro do distrito, e com o passar do tempo, esta mão de obra presente no distrito e a ferrovia recém inaugurada que, segundo o IBGE (2008) estimularam não só a Agricultura De Subsistências Já Existentes, como também, a instalação de carvoarias e Olarias que contribuíram para o crescimento Econômico do distrito . Segundo trabalho escolar (1968), desde 1905 já estava presente em Itaquaquecetuba à Tecelagem chamada Lanifício Ítalo Adami, localizada na (hoje) Avenida Ítalo Adami.
Este fenômeno progressista traz consigo o fortalecimento de uma classe social na região nas décadas de 20, 30 até 40, e essa classe burguesa emergente utilizou a ferrovia como meio de transporte para enviar seus filhos às escolas paulistas.
Na década de 40, há uma continuidade no crescimento populacional em Itaquaquecetuba, e junto com essa urbanização, a classe proletária obteve o acesso à educação através do surgimento do primeiro núcleo estudantil, que segundo Vagnotti “Em 1941 já existia o Grupo Escolar de Itaquaquecetuba”, porém, o núcleo foi fundado oficialmente em 18 de setembro de 1945, conforme publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 19/07/1945 (pág. 02) cf. Anexo n° 01. Segundo João Mariano , o núcleo realizava suas atividades em uma casa de cinco salas localizada em frente à Praça da Matriz , que pertencia na época ao Capitão José Leite. Esta propriedade foi utilizada pelas professoras Maria Celeste Gonçalves, Elisa de Lourdes Bonetti, Maria Mizena e Aurora comovidas pelas dificuldades presentes na comunidade iniciaram seus trabalhos fundando o “Grupo Misto de Itaquaquecetuba”, nome que permanecera até 1953.
As condições físicas do prédio eram boas, entretanto, tiveram problemas com a água, banheiro e distribuição física para acomodar uma faixa de 50 alunos, que segundo João Mariano:
Nós tínhamos um poço d’água no jardim (Praça de Itaquaquecetuba) e este poço servia para a população do centro, e só tinha um único poço que era ele. Para haver água na escola eu ajudava a pegar com o balde e levava para beber e jogar no banheiro. Eu fiz isso muitas vezes, e tinha uma senhora chamada Dona Idalina que era serventinha nossa, nós ficávamos com dó e íamos ajudar a baldear água, pois era ela que baldeava. Tirávamos com uma corda e manivela, era uma situação bem difícil, não tinha bomba, era na corda. Naquele tempo só tinha luz no centro, o prédio tinha luz, mais uma luz que parecia um tomate maduro esborrachado. Tinha dia que a luz não funcionava e a professora colocava a gente bem perto da janela para clarear. As salas já estavam apertadas, não havia mais espaço, tiveram que ampliar.
A fundação do núcleo estudantil se deu através do sentimento de comoção por parte das professoras, justo em um período em que Getúlio Vargas estava no poder. Seria uma influência do plano de governo da universalização do ensino primário? E ao perguntar sobre a visão que a sociedade do distrito tinha do Presidente, fui surpreendido com a resposta de João Mariano:
Os moradores adoravam ele, tinha um respeito muito grande. Lembro que ele veio aqui por duas vezes. Em 1944, ele desfilou de carro pelo centro e os moradores o recepcionaram com muito carinho. Em 1954, bem no começo do ano, ele voltou para fazer política em favor do candidato a prefeito, Eugênio Victorio Deliberato.
Em 1949, segundo trabalho escolar , temos a formação do segundo núcleo estudantil no distrito, fundado em 1° de outubro chamado de “Grupo Escolar da Fábrica Adami”. Esse novo núcleo possuía duas salas com capacidade de trinta alunos e estava instalado em um prédio emprestado que pertencia à Tecelagem Lanifício Ítalo Adami.
A situação do “Grupo Misto de Itaquaquecetuba” se estendeu até 1949, quando o núcleo não possuía mais vagas e condições físicas para atender os jovens. Foi necessária a ampliação, o distrito permanecia num constante crescimento e os professores se mantinham dedicados em alfabetizar os jovens Itaquaquecetubenses. A partir de 1950, se instalaram em uma sala na casa paroquial, como também, em mais duas residências, uma localizada na (hoje) Avenida Emancipação, com capacidade para 40 alunos, e outra, na (hoje) Rua João Vagnotti, com capacidade de 45 alunos, que segundo João Mariano:
A sala que funcionou na Rua João Vagnotti, em uma antiga fábrica que mais tarde se chamou Back, ficou sobrando uma sala e reservaram para a gente. Depois veio a sala da Avenida Emancipação em frente da (hoje) Delegacia de Polícia. Isso tudo provisório. Nesta época, os alunos já estavam misturados, os que tinham mais condição com a gente mais pobrezinho.
A década de 50 foi uma época fundamental na história de Itaquaquecetuba, obtendo o núcleo estudantil como termômetro desse marco, ou seja, ficou claro que com o passar do tempo, o número de alunos aumentava sucessivamente e o espaço físico para acomodá-los diminuía cada vez mais. A instituição presenciou e indicou por várias vezes em sua pequena história o fenômeno populacional do distrito, que neste período apresentava um quadro de cinco mil cento e vinte quatro habitantes , entretanto, segundo trabalho escolar , era uma população de sete mil.
Até que em 1953 veio à prova dessa grande urbanização, Itaquaquecetuba deixa de ser distrito tornando-se Município, ou seja, conquista o direito de sua emancipação de Mogi das Cruzes, conforme Lei Estadual n° 2.456 de 30 de dezembro de 1953 , publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 31/12/1953 (pág. 01) cf. Anexo n° 02.
Junto com este fato importante para o município, o núcleo estudantil misto de Itaquaquecetuba é batizado com o nome de “Grupo Escolar Benedito Vieira da Mota”, homenagem postado ao professor pela sua dedicação profissional ao ter acolhido e alfabetizado jovens e adultos refugiados da revolução de 1924. Esse momento marcou uma nova fase na história da instituição e dos profissionais que ali se empenharam.
O crescimento do grupo estudantil era eminente, e a partir daí, segundo Vagnotti (1981) , iniciaram a construção de uma nova unidade localizado na rua Dr. Renato de Lima no centro do município, obra que só foi possível graças à liberação de um crédito hipotecário (IPESP) , conforme Decreto Estadual n° 10.291 de 10 de junho de 1939, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 11/06/1939 (pág.01, 02, 03) cf. Anexo n°03.
Segundo Neide Gaziere :
Alguns moradores da cidade que tiveram participação na emancipação do município trabalharam muito, foram para São Paulo e conseguiram com que os vizinhos do terreno do “Grupo Benedito” fosse doando pedaços, porque não tinham os cinco mil metros. Antigamente para se formar uma escola de primeiro grau o prédio deveria possuir cinco mil metros quadrado. Pegaram duzentos metros com um, cinqüenta com outro, e aí conseguiram a doação do terreno com a medida necessária.
Em 1958 a obra é finalizada, possuindo cinco salas de aula e uma para diretoria, agora o “Grupo Escolar Benedito Vieira da Motta” poderia funcionar em um prédio preparado para comportar e acomodar os alunos adequadamente. A desocupação foi rápida nos endereços citados, e com essa mudança para sua nova sede, houve uma mudança no quadro institucional da escola, o grupo escolar se tornara uma instituição estadual de ensino primário, tendo como diretor o prof. Alceu Magalhães Coutinho.
Figura 1: Fachada da escola. Fonte: Arquivo pessoal Angelo Guglielmo.
Segundo João Mariano:
No final de 1956 ou começo de 1957, começou a construção do novo prédio finalizando a obra em oito setembro de 1958, e nós participamos da mudança, pois, ganhamos cadeira, carteira, veio do Estado na época, o Governador era Jânio Quadros, como também, móveis, armário e aproveitamos todas as cadeiras velhas da outra escola, porque não tinha aonde pôr, não tinha outra escola.
No ano de 1960, o município contava com uma população de onze mil quatrocentos e quarenta e nove habitantes, ou seja, obteve um crescimento de seis mil trezentos e vinte cinco habitantes em dez anos. As mudanças não pararam para a cidade, como também, para a escola. Segundo trabalho escolar , relata que no mesmo ano a instituição passa por uma nova reforma no prédio, sendo necessário à construção de duas salas com capacidade de acomodar quarenta alunos cada, entretanto, João Mariano relata que foram três salas e um galpão de madeira doado pelo Governador de São Paulo para receber a implantação do ensino “Ginásio”, conforme Lei Estadual n° 5.788 de 03 de agosto de 1960 , publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 04/08/1960 (pág. 03) cf. Anexo nº 04.
Podemos observar nesta fonte iconográfica o galpão de madeira citado acima, como também, a presença das diferentes classes sociais na escola. Note o contraste nas vestes utilizadas pelos alunos.
Figura 2: Fonte: Arquivo pessoal Angelo Guglielmo
Neste mesmo ano, segundo Neide Gaziere:
Itaquá fez uma festa muito bonita para comemorar o quarto centenário e a escola sempre ficou responsável de fazer os preparativos, dessa vez, solicitaram para fazer o bolo de aniversário, me lembro muito bem, eu e a Tereza que fizemos o bolo. Trabalhamos a noite inteira para que o bolo ficasse fresquinho, tudo uma maravilha.
Nesta época, a escola “Benedito” também era responsável de enviar professores e cuidar das papeladas das escolas isoladas, era um total de trinta e seis escolas, todas possuíam uma sala e ficava em áreas rurais. Essas escolas, mais tarde algumas se tornariam as instituições estaduais que surgiram na década de 70.
Passado somente três anos, ou seja, em 1963, Itaquaquecetuba possuía uma faixa de dezessete mil habitantes e nesta época, o grupo escolar continuava a firmar sua referência educacional, por ser uma representação perante a sociedade em ser a única escola estadual de ensino primário e agora ginasial que acolhera alunos dos mais diversos bairros do município desde 1958.
Em 1968, o “Grupo Escolar Benedito Vieira da Mota” iniciou a formação de sua banda de Fanfarra, (que mais tarde influenciaria a formação de uma, na escola “Homero Fernando Milano” que se destacaria no quadro estadual) começou a realizar o movimento cultural na cidade, e que segundo João Mariano:
Neste período, começou a Fanfarra com poucos instrumentos, com doze instrumentos, que foi a primeira escola a ter a Fanfarra, não tinha em lugar nenhum. A gente saia nos desfiles, eu mesmo fiz um boi Bumba, fiz dois palhaços mais alto que tinha que se apresentava, eu pus dentro uma aluna e uma professora. Saíamos do Benedito e dávamos a volta no jardim. Fazíamos também festa Junina com bingos, tudo era a gente que organizava.
Neste período de ditadura militar, segundo Neide Gaziere, a escola não obteve nenhuma orientação ou repressão, entretanto, foi instituído o uniforme escolar de uso obrigatório, que foram cedidos pelo Governo de São Paulo com intuído de identificar os alunos através de camisas brancas.
Essa referência se estendeu até a década de 70, momento em que a cidade sofreu mais um boom populacional chegando a vinte nove mil cento e quatorze habitantes graças ao processo de periferização da cidade de São Paulo. Este fenômeno demográfico e a reforma da LBD em 1971 trouxeram como conseqüência, o surgimento de várias instituições escolares públicas de primeiro grau nos bairros da cidade.
Essas instituições são as seguintes:
EEPG Gentil de Moraes Passos.
EEPG Odila Leite Santos (Jardim Belmont).
EEPG Leolino dos Santos.
EEPG Ítalo Adami.
EEPG José Gama Miranda.
EEPG Zilda Braconi Amador.
Em 1975, em meio a esse processo de implantação de escolas estaduais da década de 70, o grupo escolar passou novamente por outro processo institucional agora em sua nomenclatura, de “Grupo Benedito Vieira da Mota” se tornou “EEPG Benedito Vieira da Mota”, conforme Lei Estadual n° 855 de 09 de dezembro de 1975 , publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 10/12/1975 (pág. 4) cf. Anexo nº 05. Essa mudança que se deu após o desmembramento do ensino “ginasial”, transferindo-se do prédio da escola para uma nova instalação, da qual foi batizado de Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau de Itaquaquecetuba, e posteriormente em 1977, de “Homero Fernando Milano”.
A presença desses novos moradores da cidade, o surgimento dessas novas escolas estaduais que agora acolhera os jovens do município e o desmembramento do “Ginásio” fez com que, a escola “EEPG Benedito Vieira da Mota” perde-se sua referência educacional com o passar do tempo. O fenômeno do desenvolvimento urbano que foi responsável pelo surgimento da escola mais Tradicional de Itaquaquecetuba, se tornara também, o causador desse processo de perda de sua referência no final da década de 70.
O boom agora escolar, segundo Vagnotti , levou à necessidade de instituir na cidade a “Delegacia de Ensino de Itaquaquecetuba”, fato que se deu em 16 de abril de 1986, obtendo jurisdição nesta com vinte e oito escolas, e Poá com dezoito. Mais tarde houve a proliferação, agora de escolas municipais, colaborando ainda mais com processo de perda dessa memória.
Esse processo progressista, não diferentemente dos anos anteriores, continuou modificando a urbanização do município a cada ano, isso se deu através do constante crescimento populacional conforme observaremos abaixo:
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DE ITAQUAQUECETUBA 1980 A 2006
Ano Habitantes
1980-73.068
1991-164.957
2000-272.942
2001-285.610
2002-295.663
2003-306.208
2004-328.345
2005-340.596
2006-352.755
Fonte: Associação Paulista de Municípios
Em 18 de setembro de 2005, houve a comemoração dos 60 anos da instituição, evento organizado pela parceria entre a Direção Estadual e Secretária Municipal da Cultura. Segundo Emilce Aparecida Radiante , a intenção era resgatar a memória da escola, como também, sensibilizar as autoridades municipais presentes, visando projeto futuro sobre tal, mas, essa iniciativa tomada pela diretora da escola não deu certo. Entretanto, valeu a homenagem postada in memória das pessoas que por ali passaram, como também, dos poucos que permanecem vivos.
Toda essa busca em resgatar a memória da instituição é de fato muito importante e válida, pois houve uma relação representativa no passado entre a escola e os antigos moradores. Já para a autoridade municipal, vejo que esse desinteresse se deu devido à história da escola não possuir uma forte expressão ideológica (como, por exemplo, a Igreja Nossa Senhora D’ajuda ) para legitimar uma identidade, ou seja, a escola é como as outras, sem utilidades para quem pretende construir um passado e impor como memória coletiva.
Segundo Pollak :
A memória, essa operação coletiva dos acontecimentos e das interpretações do passado que se quer salvaguardar, se integra, em tentativas mais ou menos conscientes de definir e de reforçar sentimentos de pertencimento e fronteiras sociais entre coletividades de tamanhos diferentes: partidos, sindicatos, igrejas, aldeias, regiões, famílias, nações, etc. A referência ao passado serve para manter a coesão dos grupos e das instituições que compõem uma sociedade, para definir seu lugar respectivo, sua complementaridade, mas também as posições irredutíveis (pág. 9).
No ano de 2006, a escola “Benedito Vieira da Mota”, “Ítalo Adami” e “Leolino dos Santos” passaram por um processo de Municipalização, conforme Resolução Estadual n° 61 de 06 de setembro de 2006, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 12/06/2006 (pág.10) cf. Anexo n° 06.
Segundo Neide Gaziere:
A municipalização significou o fim da memória da escola, fiquei muito triste, mais tão triste com a notícia que você não faz idéia. Até hoje evito passar próximo a rua, tenho muita saudade, ali tem suor de muita gente, muito trabalho árduo, muita dedicação, muita campanha de doação. Foi dessa forma que o “Benedito” saiu. Para mim, é só uma questão de tempo para se perder por definitivo essa memória. A vida passa, as coisas vão se acabando, e as memórias vão se perdendo. Não é só aqui, mais por todo o Brasil.
Percebemos a decepção de uma antiga professora após o processo de municipalização, como também, sua crítica pela ausência de projetos para a realização desse resgate histórico.
Finalizo esta pesquisa ressaltando a luta de um grupo que tem o intuito de resgatar o passado da escola e destacá-la perante a sociedade. Hoje a rede educacional de Itaquaquecetuba conta com quarenta escolas estaduais e cinqüenta e seis municipais •.
CONCLUSÃO
Este boom demográfico que aconteceu na década de 70, graças ao processo de periferização da cidade de São Paulo trouxe a presença de uma nova população em Itaquaquecetuba sem relações de identidade (enraizamento) com o município, pois, possuíam outras experiências, diferentemente do sentimentalismo presente aos antigos moradores de Itaquaquecetuba. Essa mudança causada pelo progresso da cidade ocasionou como forma natural a instalação de outras escolas, fazendo com que a escola “Benedito Vieira da Mota” perde-se a sua representação educacional com o passar do tempo.
Esta tentativa de realizar o resgate histórico da escola por parte de um determinado grupo, tem intuído de elevar a representação da instituição perante a sociedade, debatendo aí, com a desconsideração dessa memória por parte das autoridades municipais.
A partir daí concluo que, esse grupo tem como objetivo preservar uma suposta identidade coletiva, buscando uma continuidade entre o passado e o presente, ou seja, criar uma imagem significativa neste momento de sucessão de gerações populacionais, como também, educacionais em Itaquaquecetuba. Mas, para as autoridades municipais, vejo que essa imagem não possui ideologicamente uma expressão suficiente para ser utilizada, pois, não atingirá seu objetivo que é a construção de uma figura com intuito de expor para sociedade como um passado coletivo.
Independentemente dessa disputa, não podemos deixar de lado o passado dessa escola e a sua importância, afinal, ela foi responsável pela formação intelectual, como também, deixou heranças culturais e educacionais na cidade, como vimos posteriormente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBERTI, Verena; Indivíduo e biografia na história oral. Rio de Janeiro: CPDOC, 2000.
ALBERTI, Verena; Obras coletivas de história oral. Tempo - Revista do Depto. de História da UFF, Rio de Janeiro, v.2, nº 3, p.206-219, jun. 1997.
ALBERTI, Verena; Tratamento das entrevistas de história oral no CPDOC. Rio de Janeiro: CPDOC, 2005.
VAGNOTTI, Hyppólito C.; Relato sobre Itaquaquecetuba, São Paulo, 1987.
CARVALHO, Isaias de; MORAES, João Carlos de; SANTOS, Mauri Lima dos; NISHIMURA, Miguel; PULGACI, Nelson; KUSABA, Orlando Mitsuhazu; Trabalho Estatístico e Histórico, In Mimo, 1968
FONTES ORAIS
Neide Gazieri, gravado em 21/11/2009
João Mariano, gravado em 21/11/2009
INTERNET
POLLAK, Michael; Memória, Esquecimento, Silêncio - Estudos Históricos vol.3 1989; disponível no site: http://www.cpdoc.fgv.br/revista/arq/43.pdf
http://portal.cnm.org.br/apm/demografia/mu_dem_pop_total.asp?iIdMun=100135267, acessado em 10/11/2009.
www.imprensaoficial.com.br acessado em 10/11/2009.
http://sempla.prefeitura.sp.gov.br/infocidade/htmls/7_populacao_recenseada_e_projetada_1950_607.html, acessado em 08/11/2009.
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/saopaulo/itaquaquecetuba.pdf acessado em 10/11/2009.
http://deitaquaquecetuba.edunet.sp.gov.br/363273.html acessado em 10/11/2009
http://www.itaquaquecetuba.sp.gov.br/v1/guia_da_cidade/visualiza_guia_da_cidade.asp?Codigo=29 acessado em 10/11/2009.
Obrigada por publicar um documento tão precioso do qual um fragmento precioso faz parte da minha memória!
ResponderExcluirEstudei apenas alguns meses em 1973 porque fomos transferidos para o Homero!Mas fui acolhida com muito carinho! Inesquecível!
Que emoção senti ao ver essa publicação, pois estudei nessa escola no ano de 1977,tinha sete anos.
ResponderExcluirQue saudades senti da minha primeira escola obrigada.
Hoje 15 marco dia da escola! E claro que nao poderia deixar de fazer uma referência a esta. Grupo escolar Benedito Vieira da Mota. Foi ai que aprendi a juntar as letrinhas, para hoje dizer PARABENS.
ResponderExcluirApaixonada por história.
ResponderExcluirSaudades de Itaqua, estudei no "Grupo Escolar da Fábrica Adami", assim era o nosso cabeçalho, nadei no riacho q passava dentro, da antiga Fábrica Adami, se não me engano na época já se chamava Erontex, morei próximo ao campo do Aracaré, q ficava na Itálo Adami sentido centro, em frente o bar do Paravatte, próximo ao bar da Dona Ruth, as feiras livres próximo a estação ferroviária, morei tbm no bairro pedreira, próximo as pedreiras, onde meu pai trabalha, onde hj pelo q vejo no Google a pedreira mais nova q ficava ao lado da q hj ainda existe foi aterrada e existe um bairro em cima dela. Parabéns pela matéria, uma pena q a história ainda resista através de pesquisadores como vc.
ResponderExcluirA escola não queria e nem participou de nenhuma disputa!... Tanto é que convidou a Secretaria de Cultura do Município para em parceria elaborarem trabalhos que permitissem levar ao conhecimento das novas gerações e da população de um modo geral, a história dessa escola que faz parte integrante da história deste Município!... Os que poderiam preservar esse patrimônio , Diretoria de Ensino e Prefeitura, preferiram receber recursos do governo federal e municipalizar a escola. Os que estavam no Poder para isso, não eram de Itaquaquecetuba mas sim de outros municípios e até de outros Estados!!...Acredito que não avaliaram corretamente o valor histórico dessa escola para nosso Município e não se importaram realmente com a escola mas sim com seus próprios interesses pessoais e políticos!... Os professores, os funcionários, os alunos e os pais de alunos, além da comunidade que viveu e vive em nossa cidade há décadas, sabem do real valor desta Unidade de Ensino que formou de forma digna grande parte dos seus cidadãos desta cidade!... Viva a Escola Benedito! Viva dona Neide que ontem partiu deste mundo para junto de Deus!... Vivam todos que realmente "vestiram a camisa" desta escola ímpar em nosso Município que até 2006 quando foi municipalizado, foi reconhecida por seus excelentes trabalhos dedicados à Educação Pública de qualidade!... Vivam todos que dignificaram o nome desta escola!
ResponderExcluirHoje deixamos no cemitério do centro uma parte da História viva de Itaquaquecetuba; minha tia Neide Gazieri, que formou a turma de 1967 do Benedito e por lá permaneceu por décadas alfabetizando centenas de alunos até se aposentar. Ela, Dª Jupira e Dª Celeste, as mais antigas da escola, agora podem bater papo na sala dos professores lá no Céu, com certeza teremos muitos de nossos avós e pais citados nessas conversas… ❤️
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